O Dia Nacional da Vacinação é uma data comemorativa definida com a finalidade de ressaltar a importância das vacinas no controle de doenças e na prevenção de epidemias. Têm importância histórica na saúde humana, salvando a vida de 3 milhões de pessoas a cada ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Há mais de 200 anos os cientistas perceberam a capacidade do organismo de gerar anticorpos ao receber amostras de patógenos como vírus, bactérias e alguns fungos, em estado inofensivo. Assim, as vacinas tiveram grande avanço no decorrer do tempo e uma das maiores evidências de sua eficácia é o poder de erradicar doenças, como a varíola, por exemplo, cujo último registro ocorreu no ano de 1977.
Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só conhecem por meio da história.
Mais recentemente, com a pandemia da Covid-19, a importância da vacinação tornou-se ainda mais evidente!
Ao induzirem uma resposta do sistema imunológico o mais semelhante possível àquela que ocorreria em caso de infecção, as vacinas fazem com que o organismo reconheça e combata o agente infeccioso. Além de proteger as pessoas vacinadas, criam uma barreira entre as pessoas imunizadas que não deixa a doença se aproximar de indivíduos vulneráveis, que estão com a imunidade baixa, em tratamento de quimioterapia, por exemplo, ou bebês que ainda não têm idade para ser vacinados.
O Ministério da Saúde estabelece metas de vacinação, calculadas pela transmissibilidade da doença e a eficiência da vacina, entre outros fatores. Se essa quantidade for atingida, a população estará protegida contra as enfermidades imunopreveníveis.
Atualmente, 48 imunobiológicos (vacinas, imunobiológicos especiais, soros e imunoglobulinas) são distribuídos anualmente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo 20 vacinas disponibilizadas nas mais de 38 mil salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde do Sistema Único de Saúde, com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. São as seguintes:
- BCG;
- Hepatite B;
- Penta;
- Pólio inativada;
- Pólio oral;
- Rotavírus;
- Pneumo 10;
- Meningo C;
- Febre amarela;
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
- Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela);
- DTP;
- Hepatite A;
- Varicela;
- Difteria e tétano adulto (dT);
- Meningocócica ACWY;
- HPV quadrivalente;
- dTpa;
- Influenza (ofertada durante Campanha anual);
- Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23).
Segurança das vacinas
Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias. É importante ressaltar que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores rígidos e independentes.
No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. E o acompanhamento de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, o que permite a continuidade de monitoramento da segurança do produto. O Programa Nacional de Imunizações realiza ainda o monitoramento dos eventos adversos pós vacinação de todas as vacinas oferecidas pelo programa, em parceria com a Anvisa.
Campanhas
O Ministério da Saúde promove duas campanhas anuais de vacinação, junto com Secretarias de Saúde de estados, municípios e Distrito Federal. São as campanhas da gripe, realizada no primeiro semestre, antecedendo o período mais frio do ano, e de atualização da Caderneta de Vacinação. Além disso, a cada quatro anos, todas as crianças menores de cinco são também alvo da campanha de vacinação contra sarampo.
Calendário Vacinal
Fontes:
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Governo do Estado do Ceará
Hospital Infantil Sabará
Ministério da Saúde
Observação: o texto acima está disponível na página da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e pode ser acessado clicando aqui.
Para as crianças, o maior prejuízo de não ser vacinada, ou de uma vacinação tardia, é a exposição contínua à doenças, principalmente em suas formas mais severas. A maior parte das vacinas que vão proteger a criança contra doenças graves devem ser providenciadas ao longo dos dois primeiros anos de vida, com reforços até os cinco anos. Em caso de dúvidas, o pediatra deve ser consultado.